Cravos brancos as mães

Enviarei milhões de cravos brancos a minha mãe. Direi a ela que a amo. Direi a ela que me deu a vida – obrigado. Não sairei de casa. Ficarei a espera de uma voz silenciosa a chamar-me como costumava fazer a quem sabe algumas luas passadas. Irei deitar-me mais cedo, talvez para sonhar com ela – com suas mãos – querendo me ensinar algo que usaria por certo daqui a pouco. Quem se importa com o tempo – se o amor de mãe transcende – viaja – visita os céus – apenas num olhar.

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