Quando se abandona uma cidade

Ando pelas ruas da cidade e fico feliz quando observo um “monte” de gente diferente. Somos “invadidos” pelos turistas. Pessoas interessadas na nossa história. Que potencial temos nas mãos. Infelizmente não sabemos usá-lo. Não há preocupação com a beleza, com a estética e com o belo. Não há zelo no trato da coisa pública. Os gestores estão morando em Nova Yorque. A natureza foi generosa demais com esta terra. O morro da Nossa Senhora da Glória, existe ponto mais aconchegante e lindo? A pedra do Frade, diante daquele mar gigante. Chegar até o local, um verdadeiro martírio. Será que tudo é tão difícil assim. Cidades menores com arrecadação ínfima estão bem cuidadas, com portal, ruas arborizadas e asfalto. Um exemplo: São Martinho. O Farol de Santa Marta, já repararam que obra de arte. Pena que para chegar naquele recanto temos que “pagar os pecados” transitando por uma estrada totalmente abandonada. Vocês já observaram que estamos retrocedendo no tempo, às vielas voltaram e o trânsito não pode escoar pelo centro da cidade. As ruas diminuíram, estreitaram. Um processo na contramão do progresso. As carroças ainda não chegaram. Não sabemos a razão do desleixo, da má qualidade do serviço prestado. Não há um lugar que não tenha uma “dúzia” de “buracos”, isto para dizer o mínimo. E não adianta dizer que está havendo recuperação. Qualquer lugar do mundo, quando um “buraco” é aberto logo atrás vem à máquina e homens para tapá-lo. Estes “caras” não têm gosto não sabem o que é bonito. Não sabem o que é ter filhos ou netos. Vivem a mercê do individualismo. São ultrapassados na essência e por isto não têm cura.