Dentro de mim chovia

Minha tia Amariles. Aquela que me tratava bem. O café da tarde. O coador. Na feitura do café. Trazia um amor. Saudade dela. Das tardes. Do bolo de fubá. Do Beto – em seu drible genial – fazendo a jogada com “totolate”. O Jorge – seu quarto – estampado da revista placar. Roberto Dinamite. Foi lá que ouvi pela primeira vez Zé Ramalho. Rosana. Eliane. O caçula Renato. Amariles. Falava de meu pai. Dos remédios que ministrou. Na grandiosidade do amor. Um homem doente, o qual foi tratado por ela, (Tia Amariles). Gente Alegre. Gente sorridente. Saudade daqueles tempos. Minha tristeza – ficava escondida – diante da beleza. Sua bondade – sua mão – caridosa – tantas vezes minha mão apertou. Quantos nós desatou. Sem saber. Sem querer. Tia. Ela via. Um menino só. Dentro de si chovia. Em dia ensolarado. Obrigado – tia – tia – minha tia – Amariles.

Um comentário:

  1. nós é que te agradecemos por ser uma pessoa tão especial, um primo e um sobrinho, caridoso, amigo, fraternal, exemplo para os filhos, bom marido. Lá em cima com certeza "eles" estão felizes e orgulhosos de ver o filho tão bem, nesta nossa passagem por aqui. forte abraço.

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