Eu vou de bicicleta

Eu andava de bicicleta e o vento no rosto me dava toda a liberdade. Cada pedalada era uma batida a mais no coração. Minha vida estava livre, qual pássaro num vôo trilhando ao vento. Que bom andar de bicicleta. Que bom poder exercer a liberdade total desprovida de qualquer compromisso. A corrente, a direção, minhas pernas, a velocidade e o meu coração. Eu vou de bicicleta. Eu vou sem querer voltar, nem tão pouco tenho destino preestabelecido. Minha energia acumulada gasto nas pedaladas. Não é preciso motor, gasolina ou qualquer meio que não seja a força humana. Eu vou de bicicleta. Se alguém quiser saber. Se alguém se lembrar de mim. Sou aquele ciclista solitário que passou por aqui e que foi para onde ninguém sabe. As rodas, os raios, o aro, o pneu. Vou eu desesperado por aí. Aumento a velocidade e me afasto ainda mais do nada que deixei. Procuro pensar, mas o pensamento fica perdido no ar... Vou de bicicleta...

Nenhum comentário:

Postar um comentário