Milagre dos peixes

Conversamos tantas coisas. Tantas idéias. Tantas canções. Operamos milagres. Milagres dos peixes. Multiplicamos o pão. Vejo a mesa farta. A covardia partiu num rabo de cometa. Os homens ruins foram embora. Não sobrou nada. Pedra sobre pedra. A santa ceia. Nossa lágrima secou. Não há filme modificador da fé. Nem Mel Gibson, nem Antonio Bandeiras, nem a mais pura arte. Não há como modificar a cruz, o calvário. Maria Madalena no seu olhar. O céu continua rajado, manchado. Não temos que fazer força. O trovão vai trovejar. Todos ficarão assustados, não pelo estrondo, mas pelo mistério. A abelhinha continuará fazendo o mel.

Nenhum comentário:

Postar um comentário